quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Portugal defende entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

da Folha Online

O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, defendeu nesta quarta-feira, em discurso na 63ª Assembléia Geral da ONU, em Nova York, a inclusão permanente de representações do Brasil, da Índia e da África no Conselho de Segurança da instituição.

"Será razoável continuarmos a ter um Conselho de Segurança sem uma reforma dos seus métodos de trabalho, em que países como o Brasil e a Índia não têm um lugar permanente, e em que África não tem representação com esse estatuto? Seguramente que não", disse.

Os jornais portugueses "Público" e "Jornal de Notícias" destacam o fato de Silva ter defendido representações com o propósito de reforçar "instituições multilaterais fortes". "Em um mundo globalizado e interdependente, só instituições multilaterais fortes poderão promover valores fundamentais da paz, da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável."

No seu discurso, Silva falou sobre a candidatura de Portugal a membro não-permanente do Conselho de Segurança para o biênio 2011-2012, apresentada há oito anos. Ele disse ainda que, se escolhido, Portugal irá agir "a serviço da paz e da estabilidade, do desenvolvimento sustentável e dos direitos humanos".

"Candidatamo-nos em nome da representação eqüitativa dos Estados, designadamente dos que constituem a maioria dos que integram esta Casa, porque acreditamos que essa é a melhor forma de garantir o sentido de justiça que é essencial para que as decisões sejam aceites por todos", afirmou.

O Conselho de Segurança possui, atualmente, cinco membros permanentes, com poder de veto. São eles Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos --todos considerados os vencedores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Dez membros não-permanentes são eleitos regionalmente para um período de dois anos. O conselho tem crescido desde que a ONU foi criada, em 1945.

Com Reuters e Agência Lusa

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